sábado, 18 de abril de 2009

Curiosidades - O Casamento



Quando se assiste a um casamento, muitos de nós não nos apercebemos que o casamento está entre as tradições mais antigas, trazido até nós de rituais tão ancestrais que a sua origem emerge apenas vagamente de mitos da história. Alguns tipos de casamento remotam a tanto tempo quanto se pode recuar na história. Desde os tempos mais remotos, até ao tempo de hoje, a cerimónia é marcada pela união entre o homem e a mulher tendo caráter religioso usual, em alguns casos mágico e nos dias de hoje mais e mais social.
Dos tempos primitivos até hoje o casamento apresentou alguma evolução, passando por vários sinónimos, desde possessão, mero negócio (onde propriedades e bens eram trocados pela noiva), costume esse que ainda hoje é utilizado por algumas culturas. Os romanos, por exemplo, apresentaram três tipos de casamento: Primeiro entre a burguesia, assistido por o Pontifex Maximus na presença de testemunhas. O Segundo, pelos plebeus que funcionava como uma venda, útil para as duas partes. O terceiro, praticado principalmente na classe baixa, estendendo-se em vários casos ao resto das outras classes, que consistia na oferta da noiva por parte dos seus tutores, ficando o noivo com a posse da mesma, assim como de todos os seus bens.
Hoje em dia, o casamento é um acto social, que representa essencialmente o amor entre o homem e a mulher. Nos dias de hoje a validade do casamento civil depende de dois requisitos; de forma ou extrínsecos (solenidade) e de fundo ou intrínsecos. Entre estes, conta-se a idade nupcial que hoje é de 16 anos para ambos os sexos. Anteriormente a 1977 era de 16 anos para o sexo masculino e de 14 anos para o sexo feminino. Baseia-se o casamento na igualdade de direitos e deveres entre os conjugues pertencendo a direção da família a ambos, abandonando assim o conceito de "concepção patriarcal", que funcionava com a existência de um chefe de família. Assim os conjugues estão reciprocamente vinculados aos deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência.
A violação desses deveres que comprometa a possibilidade da vida em comum é fundamento de divorcio que é aplicável para os efeitos civis. No caso do casamento católico permanece indissolúvel. O regime de bens no casamento são agora apenas três: o da comunhão de adquiridos, o da comunhão geral e o da separação de bens.


CASAMENTO ENTRE IRMÃOS


Este tipo de casamento, embora proibido na religião cristã, era feito por motivos religiosos e biológicos, praticado nas dinastias principescas do antigo Egipto, dos grandes Impérios africanos da Ásia menor, dos Incas e dos Chibohas. A procriação era um fenómeno frequente nas famílias reais ptolomeicas e selêucidas, tendo estado muito divulgado entre o povo, na época helenística, como divulgam os numerosos papiros existentes.


A MADRINHA DA NOIVA


A madrinha tem a função de auxiliar a Noiva nomeadamente a:
· Auxiliar a noiva a escolher o vestido de casamento;
· Planear a despedida de solteira da noiva, embora esse planeamento possa contar também com a ajuda das amigas da noiva;
· Ajudar a noiva a registrar quem ofereceu os presentes para que esta possa depois agradecer mais facilmente;
· Ajudar a noiva a vestir-se no dia do casamento;
· Assegurar-se de que o vestido e todos os acessórios da noiva estão em ordem durante todo o dia, mas especialmente durante a cerimónia;
· Cabe-lhe o dever por guardar o bouquet da noiva quando ela não o estiver a segurar;
· Assinar o registro civil como testemunha da noiva;
· Fazer um discurso durante a boda desejando felicidades aos noivos;
· Ajudar a arrumação e acondicionamento dos presentes de casamento;
· Auxiliar e receber os convidados durante as festas e cerimónia.


OS PAIS DA NOIVA


A mãe da noiva deve dar-lhe sobretudo apoio e conselho em todas as decisões, mas poderá também executar outras tarefas:
· Confeccionar ou ajudar a escolher o vestido de casamento;
· Envio dos convites e elaboração da lista de convidados, em especial relativamente aos familiares;
· Organização do copo d'água atendendo aos desejos e às opiniões dos noivos;
· Deve ainda ser das primeiras a chegar à igreja para se assegurar que a decoração está pronta e que todos os convidados estão presentes e colocados nos locais certos para a chegada da noiva;
· Servir de anfitriã para receber os convidados quer no local da cerimónia, quer na festa, onde deve ficar até ao fim, mesmo quando os noivos já saíram.

O pai da noiva tem essencialmente uma função importante durante a cerimónia religiosa, que é entregar simbolicamente a filha ao noivo, levando-a até ao altar. Para além disto, deverá auxiliar a mãe da noiva nas funções de anfitriã, recebendo os convidados.


DESPESAS


Segundo as tradições, a maior parte das despesas relativas ao casamento e à festa deveriam ser pagas pela noiva ou pela sua família.
Estas despesas incluíam:
O enxoval;
O vestido da noiva e os trajes a utilizar na cerimónia,
Festa e viagem de lua-de-mel;
Os convites e as participações de casamento, que eram da exclusiva responsabilidade dos pais da noiva;
Os vestidos das damas de honra e pajens e os que seguram a cauda do vestido da noiva.
O transporte dos noivos;
A festa de casamento, incluindo o bolo de noiva, o aluguer do espaço e a sua decoração;
O fotógrafo ou o operador de vídeo;
A música, tanto para a cerimónia como para a festa.

À família do noivo competiam outros tipos de despesas:
· o anel de noivado;
· Os custos respeitantes à documentação necessária, tanto para o casamento civil como para o casamento religioso;
· As alianças;
· O bouquet da noiva;
· Todos os custos respeitantes à lua de mel.

Hoje em dia, esta separação das despesas não é tão rígida, e o mais usual é serem os próprios noivos a pagar a maioria das despesas e não as suas famílias, até porque a idade dos noivos tende a ser cada vez mais alta, dependendo cada vez menos dos recursos financeiros da família.
Assim, deve ser feito um acordo à partida, para determinar quem deverá pagar as despesas, podendo os pais de cada um dos noivos ficar com uma parte dos custos a seu cargo, ou simplesmente dar aos filhos uma quantia em dinheiro, que será gerida por eles.


ADORNOS E ADEREÇOS

O véu pode ser utilizado ou não, dependendo o seu comprimento, dos gostos da noiva e da adequação com o vestido. Pode ser feito de tule ou renda e deve estar preso com um adorno que agrade à noiva, como uma pequena grinalda de flores ou uma jóia;
Os sapatos são, na maioria dos casos brancos ou de cores pastel, para combinar com o vestido e não devem ter saltos muito altos, pois a noiva terá de estar de pé durante uma grande parte do dia. Poderá também calçar os sapatos alguns dias antes do casamento para que os pés se habituem à forma e para que os próprios sapatos se tornem mais confortáveis;
As jóias levadas pela noiva devem ser muito simples: um pequeno colar de pérolas, brincos com o mesmo enfeite e o anel de noivado no dedo anelar da mão direita são as recomendações mais usuais;
A lingerie escolhida deve adequar-se ao vestido, quer em termos de cor, quer em termos de feitio;
O bouquet de flores que é levado tradicionalmente pelas noivas pode ser composto por flores naturais ou artificiais que se harmonizam com o estilo e cor do vestido, devendo ser o noivo a oferecê-lo;
As luvas são outro acessório cujo uso dependerá exclusivamente do gosto da noiva e do estilo de traje escolhido.


CONVITES


O mais tradicional é o convite ser feito pelos pais da noiva, sendo o seu nome apresentado em primeiro lugar. São referidos também os nomes dos noivos, o local da cerimónia e a hora, o local da boda e a hora;
Os convites podem ser feitos apenas para a boda, sendo a cerimónia limitada à família mais chegada e portanto, só se refere no convite as informações relativas á festa;
Quando os pais da noiva estão divorciados mas são ambos anfitriões da festa e da cerimónia, devem ser referidos os nomes de ambos, enquanto que no primeiro caso basta referir o nome do pai da noiva e acrescentar a da esposa à frente;
Quando a noiva é órfã, poderá fazer o convite em seu nome, já não referindo o nome dos noivos, mas apenas as informações relativas à cerimónia e festa;
Hoje em dia, os convites começam a ser feitos tanto em nome dos pais da noiva como em nome dos pais do noivo, sendo ambos referidos no início do convite;
Uma forma cada vez mais em voga é a utilização de um texto personalizado, escolhido pelos noivos e que pode incluir citações ou poemas, não seguindo a forma mais tradicional indicada nos exemplos anteriores.


LANÇAMENTO DO BOUQUET


Diz a tradição que a amiga solteira da noiva que apanhar o seu bouquet será a próxima a casar. Este lançamento continua a ser muito praticado em Portugal sendo uso lançar-se o bouquet durante a festa da boda.
A tradição de o noivo carregar a noiva para dentro de casa vem da época romana. Para estes, o portal de entrada era considerado sagrado e pensavam ser guardado pela deusa Vestal. Assim, se não o fizesse o noivo estaria a incorrer no desagrado da deusa.


CERIMÓNIA RELIGIOSA


Há algumas décadas, os noivos tinham de publicar os "banhos". Isto significa que tinha de ser feito, publicamente, o anúncio do casamento, tal como acontecia na cerimónia civil.
A cerimónia religiosa era acompanhada por um processo civil que deveria acontecer ao mesmo tempo que a cerimónia religiosa. Caso já se tivesse realizado o casamento religioso, os noivos poderiam entrar juntos na Igreja.
Caso a cerimónia civil não tivesse ainda ocorrido, havia que manter o protocolo com rigor. Assim, o noivo devia chegar à Igreja 30 minutos antes do início da cerimônia, seguindo-se a mãe da noiva e as damas de honor.
A tradição, em muitos casos continua a manter-se. Razão pela qual, ainda hoje, a noiva é a última achegar ao altar, acompanhada pelo pai.
Os noivos deviam - e devem - trocar os votos de amor e fidelidade, através do "sim" e das alianças que cada um colocam no dedo anelar da mão esquerda um do outro. O noivo é quem coloca primeiro a aliança no dedo da sua amada.
O ritual obriga que seguidamente o casal siga para a sacristia da Igreja para assinar o registro de casamento. Só então é que deixa a Igreja, finalizando a cerimónia religiosa.
É ainda tradição que, à saída da Igreja os convidados formem um corredor para aplaudir os recém-casados, atirando-lhes pétalas de rosas ( que significam sensibilidade e respeito mútuo), bagos de arroz ( que representam a felicidade e a prosperidade) bem como grãos de trigo (que estão directamente relacionados com a fertilidade)


O VÉU DA NOIVA

A utilização dos véus está muito associada aos costumes orientais e à Deusa do amor da sua mitologia Ishtar, tendo sido a mesma quem primeiro o terá usado.
Também as histórias bíblicas apresentam um conselho importante relativo à utilização do véu na história de Jacob que foi levado a casar com a irmã de Raquel, Leah, que se escondeu por detrás de um véu.
A utilização dos véus nos tempos modernos advém do seu simbolismo sendo associado à modéstia, à pureza e juventude, sendo por isso muitas vezes só utilizado por noivas que se casam pela primeira vez.


ANEL DE NOIVADO

Na Antiguidade, o noivo capturava a noiva para demonstrar as suas intenções de casamento. Para tal amarrava-lhe os pulsos e os tornozelos. Numa fase posterior, este acto era apenas simbolizado através de um anel. Pelas tradições romanas, a oferta de um anel de ouro à noiva simbolizava que o noivo confiava nela a sua fortuna.

Opinião da Blogueira:
Acho um máximo as curiosidades, saber da onde veio as tradições do casamento é muito importante, é legal também ficar muito bem informada sobre esse mundo do CASAMENTO. Espero que vocês tenham gostado desse post, beijinhos!!!